Retalhos

"Posso não concordar com uma só palavra que disseres, mas defendo até a morte o teu direito de dizê-las". Voltaire.

sexta-feira, maio 19, 2006

Vamos despedir mais mulheres

Sabemos que somos um país que descrimina as mulheres, começando no poder central e acabando no ser machista que reside em todos nós. Não que pense que as mulheres são inferiores, porque não o são, verdade seja dita, são em alguns casos, não só por herança genética (não sei de quem), não só pela sociedade, não só porque um Ferrari é mais rápido que um Ford, quer dizer que seja descriminado. Todos sabemos que as mulheres recebem menos, tem menos hipóteses de carreira (não só pela sociedade, mas também por características próprias), que em caso de empate perdem sempre. Mas estas questões, comprovadas e visíveis embatem num ponto fulcral, no que toca à individualidade, não serão os homens descriminados? Antes que seja molestado e violado por alguma associação feminista (para mim a fonte da descriminação) revelo a razão de escrever este post. Recentemente foi anunciado pelo INE que as mulheres lideram o aumento do desemprego no primeiro trimestre do ano, face a igual período do ano passado, 92,4 %, o que me espanta e me preocupa. Logicamente que dizer que estes 92.4 % são fruto de descriminação era a mesma coisa que dizer que mais ninguém que se preze iria ler alguma coisa que eu escrevesse. Existe algumas considerações importantes, que podem ajudar a explicar este facto. O encerramento de determinados serviços e empresas de sectores específicos, onde predomina a mão-de-obra feminina pode ser um deles. Não me posso considerar machista porque enquanto ouvir homens dizer “mulheres trabalhar? Nem pensar, em casa a cuidar dos filhos”, eu prefiro uma mulher com um bom emprego, um bom ordenado, para me dar conforto e segurança, ora ai está, sou egoísta porque quero que ela trabalhe para mim. Vamos proteger as mulheres, além de terem prioridade em salvamentos, nas filas, caixas de supermercado quase exclusivas, cotas na assembleia da república, tem a visão da sociedade do lado delas. Passo a explicar, se eu recorrer a serviços de certas e determinadas mulheres que cobram pela troca de fluidos, ou que dançam ao som da musica para me alegrar sou um “porco” mas se for uma mulher dizem logo, assim é que é, mulher moderna, que sai da rédea do marido e isto e aquilo. Se quiser ser cavalheiro e deixar passar uma senhora a minha frente, das duas umas, ou estou a cortejar, ou sou machista, por pensar que ela precisa de ajuda ou de um favor. Fora de brincadeira, assumindo sem medos uma posição, existe descriminação, ela é real, mas por favor, não disparem em todas as direcções, não pelos homens, um tiro no pé pode ser a consequência.