Retalhos

"Posso não concordar com uma só palavra que disseres, mas defendo até a morte o teu direito de dizê-las". Voltaire.

quinta-feira, junho 08, 2006

Ana Sousa Dias: Gosto ou não gosto?


Camaradas, uma vez que alguns dos companheiros de Tertúlia têm opinado sobre o desempenho da senhora em questão nos seus programas, achei por bem lançar para o ar um post que encontrei no espaço cibernético, com o único objectivo de vos provocar:

"Sempre gostei da televisão que me mostrasse conversas, mesas redondas e debates. A imagem acrescenta muito a uma conversa, embora o que conta seja o que ouvimos e pouco o que vemos. Estranhamente, se lá fora grande parte dos destaques na imprensa são quase sempre entrevistas, cá é o oposto. É bem mais fácil inventar umas coisas do que ter que fabricar uma conversa com alguém. É com base nesse risco que programas como as conversas da Ana Sousa Dias no segundo canal do estado já convenceram muita gente da suas qualidades. É um exemplo, único, um caso raro de intimidade, inteligência e bons momentos de conversa interessante, dizem. Eu acho o contrário: o programa é uma trampa porque a Ana Sousa Dias não tem jeito nenhum para aquilo. No mais recente exemplo, em "conversa" com Ricardo Araújo Pereira, a entrevistadora falhou em tudo o que poderia falhar: fez perguntas óbvias, e que já foram feitas vezes sem conta; nunca aproveitou as ideias do entrevistado; interrompeu pensamentos; vagueou sobre assuntos; nunca construiu uma... conversa. Ao contrário, facilmente se distrai nos temas onde se sente à vontade (mais mundanos e básicos), faz excessivos comentários desinteressantes (interrompendo quase sempre o ritmo do convidado), e percebe-se facilmente que as perguntas aparecem por preparação, e nunca ao sabor das respostas. Talvez tenha sido por tamanha ausência de qualidades que Ana Sousa Dias foi convidada para espelho no programa de Marcelo Rebelo de Sousa - por uma razão estranha, ainda acham que o professor não pode estar sozinho em frente à camera e acabaram por colocar a senhora ao seu lado para dizer olá e boa noite por todos nós. Tal como já se tinha visto com Paul Auster (poderia lá ela perder esta oportunidade), a boa vontade não chega. Mas... o que se pode fazer neste país? A senhora faz aquelas figuras na televisão e é já uma estrela na arte de bem entrevistar."

Discutam com violência o tema