Retalhos

"Posso não concordar com uma só palavra que disseres, mas defendo até a morte o teu direito de dizê-las". Voltaire.

sábado, maio 20, 2006

Bodes expiratórios

Eu pessoalmente sou contra certos tipos de jornalismo sensacionalista os quais considero de facto um mal social. Todos nós temos um pouco de jornalistas sensacionalistas, a diferença reside no facto de não vivermos disso nem vendemos jornais e revistas. Existem noticias que podem ser consideradas importantes para um certo nicho de pessoas, as fofocas do Jet7, os divórcios, escândalos, casamentos, destas até se compreende, figuras publicas a necessidade de vender e por ai fora.
Agora existe uma coisa, relativamente ao jornalismo de investigação que não deve ser ignorada, o risco elevado. Quanta informação, não se sabe hoje em dia graças à coragem de uns quantos destemidos? A justiça muitas das vezes recorre a eles para dar seguimento aos processos, muitas das vezes a informação destes é de extrema importância. Pegando no motivo que me leva a escrever este post, constato também que os jornalistas muitas das vezes são o bode expiratório de muitos, quando digo muitos, refiro-me a empresas, individualidades e por ai fora, agora quando o Procurador-Geral da Republica, respeitante ao caso do “envelope 9”, afirma que os jornalistas são os responsáveis e que os procuradores referenciados no Jornal 24Horas deverão ser ilibados, na sequência os jornalistas incómodos passaram a ser os maus da fita, um mal social é claro. Quanto a mim este processo da Casa Pia já fabricou muitos heróis e vilões e estes “bodes expiratórios” são mais um dano colateral.