Picado pelas Abelhas
Caríssimos companheiros de Tertúlia e outros visitantes deste espaço cibernético,
Deixo-vos aqui uma letra do Jorge Palma que pode muito bem adaptar-se ao 25-A de mil-nove-e-setenta-e-quatro:
Picado pelas Abelhas
Ainda mal o sol nascera
Já a multidão descera à praça principal
Era o grande ajuste de contas
E as pessoas estavam prontas a acabar de vez com o mal
Tinham sido anos a fio
A lutar com a fome e com o frio
Ao som de promessas de pão e de conforto
Agora o povo queria o poder
Já não tinha mais nada a perder
Quando um homem tem vida de cão
Mais lhe vale ser morto
O sangue correu pelo chão
Em nome da revolução e o povo acabou por vencer
Celebrou-se a liberdade
A igualdade e a fraternidade que acabavam de nascer
Mas ao chegar a vez de cada um
Trabalhar para o bem comum
Começaram os dissabores
E em vez de ficarem unidos
Dividiram-se em mil partidos
No fundo, todos queriam ser
Ditadores
E as crianças pareciam feias
No meio de tanta gente velha
Eu ouvi alguém gritar:
"Meu Deus, estou todo picado pelas abelhas!"
Picado pelas abelhas, picado pelas abelhas....
Agora um traficante com ar obsceno
Vende o seu veneno a quem trouxer o dinheiro na mão
E um consumidor diz baixinho que tem falta de carinho
Ao ser arrastado para a prisão
Um vagabundo cheio de aguardente
Diz que o desejo há-de estar presente
Até ao fim da cerimónia
Enquanto um poeta com ar cansado
Diz: "Antes só que mal acompanhado!"
E arranca para mais
Uma noite de insónia
E as crianças pareciam feias
No meio de tanta gente velha
Eu ouvi alguém gritar:
"Meu Deus, estou todo picado pelas abelhas!"
Picado pelas abelhas, picado pelas abelhas...
Coloco algumas questões para reflectir: Que liberdade temos e que liberdade queremos?; Até que ponto as "liberdades colectivas" nos são impostas?; Até que ponto compreendemos que liberdade implica necessariamente responsabilidade? Será que, 'no fundo todos queremos ser ditadores'?
Façam o favor de comentar.
Deixo-vos aqui uma letra do Jorge Palma que pode muito bem adaptar-se ao 25-A de mil-nove-e-setenta-e-quatro:
Picado pelas Abelhas
Ainda mal o sol nascera
Já a multidão descera à praça principal
Era o grande ajuste de contas
E as pessoas estavam prontas a acabar de vez com o mal
Tinham sido anos a fio
A lutar com a fome e com o frio
Ao som de promessas de pão e de conforto
Agora o povo queria o poder
Já não tinha mais nada a perder
Quando um homem tem vida de cão
Mais lhe vale ser morto
O sangue correu pelo chão
Em nome da revolução e o povo acabou por vencer
Celebrou-se a liberdade
A igualdade e a fraternidade que acabavam de nascer
Mas ao chegar a vez de cada um
Trabalhar para o bem comum
Começaram os dissabores
E em vez de ficarem unidos
Dividiram-se em mil partidos
No fundo, todos queriam ser
Ditadores
E as crianças pareciam feias
No meio de tanta gente velha
Eu ouvi alguém gritar:
"Meu Deus, estou todo picado pelas abelhas!"
Picado pelas abelhas, picado pelas abelhas....
Agora um traficante com ar obsceno
Vende o seu veneno a quem trouxer o dinheiro na mão
E um consumidor diz baixinho que tem falta de carinho
Ao ser arrastado para a prisão
Um vagabundo cheio de aguardente
Diz que o desejo há-de estar presente
Até ao fim da cerimónia
Enquanto um poeta com ar cansado
Diz: "Antes só que mal acompanhado!"
E arranca para mais
Uma noite de insónia
E as crianças pareciam feias
No meio de tanta gente velha
Eu ouvi alguém gritar:
"Meu Deus, estou todo picado pelas abelhas!"
Picado pelas abelhas, picado pelas abelhas...
Coloco algumas questões para reflectir: Que liberdade temos e que liberdade queremos?; Até que ponto as "liberdades colectivas" nos são impostas?; Até que ponto compreendemos que liberdade implica necessariamente responsabilidade? Será que, 'no fundo todos queremos ser ditadores'?
Façam o favor de comentar.
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