Retalhos

"Posso não concordar com uma só palavra que disseres, mas defendo até a morte o teu direito de dizê-las". Voltaire.

quarta-feira, novembro 15, 2006

Pedro

Retirei o seguinte post do blog "as sílabas tónicas sem gás" que merece ser visitado regularmente. O post traduz a minha opinião sobre o assunto:

Parece que Pedro Santana Lopes lançou um livro. E que livro é esse? perguntam os leitores deste blog. Pois bem, respondo eu, é um livro com páginas. Páginas essas que têm frases, que têm palavras (por sua vez compostas por letras), palavras essas dispostas numa ordem que atribui sentido à frase. Essas frases, quando isoladas, têm um significado. Se agrupadas segundo um padrão definido, dão origem a uma história, que pode ser documental, caso seja verídica, ou romanceada, caso seja fruto da imaginação do autor. Se, pelo contrário, não existir um encadeamento lógico nessas frases capaz de produzir um conteúdo que faça sentido, dão origem a 2004 – Percepção e Realidade, o novo livro de Pedro Santana Lopes. Suponho que o livro represente a percepção muito própria do ex-primeiro ministro relativamente à realidade de 2004. Ou que relate a sua experiência com ácidos, há dois anos atrás. Ou as duas coisas.

Para finalizar, não quero deixar de atribuir o seu a seu dono. O título desta posta foi gamado indecentemente a um texto do inefável Luís Delgado, publicado na terça-feira seguinte às eleições legislativas do ano passado, que constitui um bonito epitáfio à carreira política de Pedro Santana Lopes. Mais do que isso, constitui a prova provada de como é possível escrever
uma crónica jornalística enquanto se faz um felácio.