Retalhos

"Posso não concordar com uma só palavra que disseres, mas defendo até a morte o teu direito de dizê-las". Voltaire.

segunda-feira, maio 22, 2006

Vamos fazer negócio

Se você fosse casada comigo, se eu vende-se o meu esperma o que achava? E você venderia os seus óvulos?
Este pergunta não é tão estúpida quanto possa parecer, isto porque está-se a dinamizar um negócio que segundo algumas fontes é altamente rentável, não só pelas questões económicas, pela falta de legislação mas acima de tudo pelas alternativas que oferece. Não que queira publicitar o negócio, mas precisava desta introdução para não ferir os mais sensíveis (estou-me a afastar do tema da religião). São cada vez mais as mulheres portuguesas que doam os seus óvulos a clínicas espanholas, mas não é só com o intuito de resolver problemas de infertilidade, é também com base em aspectos económicos. A “receita” pode chegar aos mil euros para as mulheres e 50 euros para os homens (descriminação só pode). Se por um lado compreende-se o sentimento altruísta de algumas pessoas, o desespero de outras, que as levam a realizar estas doações, por outro lado corremos o risco de se tornar um negócio e como todos os negócios existe um risco, existem também alguns empresários menos dados a questões éticas e morais que com toda a certeza verão neste negócio a sua galinha dos ovos de ouro. Que se leve injecções para produzir em maiores quantidades, ou aumentar a fertilidade compreende-se mas, fazer disso uma forma de vida e subsistência é deveras preocupante. Não só o mal vejo eu, porque existem aspectos positivos neste “negócio”, diminuição da infertilidade, a ciência pode garantir um filho saudável (paro por aqui, para não ferir susceptibilidades) a base de dados pode a ajudar a encontrar culpados de crimes sexuais. Não estou a tomar uma posição, esta matéria é do foro pessoal/familiar, preocupo-me é com os riscos da “comercialização” e a falta de legislação, em Portugal é claro.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

andas la andas

5:03 da tarde  

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