Retalhos

"Posso não concordar com uma só palavra que disseres, mas defendo até a morte o teu direito de dizê-las". Voltaire.

sábado, abril 21, 2012

O Princípio de Peter nas pessoas

Num contexto organizacional o Princípio de Peter poderá ser definido através da promoção de uma pessoa até esta mostrar o máximo da sua incompetência. Para quem é da área da gestão este conceito não tem nada de estranho, nem parecerá descabido de todo associá-lo ao efeito Halo, este fenómeno acontece quando se parte de um principio base que defende que se uma pessoa faz bem alguma coisa, ela fará bem todas as outras coisas — e também o contrário, se faz uma coisa mal, fará mal todas as outras. Se transpusermos este conceito para a vida pessoal de certeza que conseguimos encontrar grandes semelhanças. Por exemplo, quantas vezes não ouvimos dizer que alguém fez alguma coisa a outro alguém e que jamais estariam a pensar que a pessoa iria fazer isto ou aquilo, ou que nunca pensaram que ela poderia ter este ou aquele comportamento. A avaliação que fazemos das pessoas, o julgamento que fazemos ou a imagem que temos dessa pessoa, permite que ela seja “promovida” ou “despromovida”, e é perfeitamente natural que ela seja promovida por nós até mostrar o máximo da sua incompetência ou que por inerência ou semelhança acreditamos que as competências e potencial demonstrado em determinada situação, servem de garantia para tudo. Este pensamento é completamente desajustado, basta prestar atenção à sociedade em geral para perceber que, apesar de um todo generalista, ela é composta pela soma de todas as partes, assim como as pessoas vistas uma a uma são a soma das suas virtudes, qualidades, defeitos etc.

“Quando discriminamos os outros diminuímo-los, quando os sobrevalorizamos diminuímo-nos a nós mesmos” Augusto Cury – Seja Líder de Si Próprio