Retalhos

"Posso não concordar com uma só palavra que disseres, mas defendo até a morte o teu direito de dizê-las". Voltaire.

terça-feira, maio 23, 2006

O seu sexólogo

Confesso que fiquei bastante indeciso sobre o que escrever hoje. Se sobre as 33 mulheres que morreram o ano passado em Portugal, em resultado de violência doméstica , se dos 50 % de adolescentes inglesas entre os 13 e 19 anos que afirmam que já tiveram relações sexuais sem o desejar, se das constantes violações dos direitos humanos em África, se das mutilações genitais, enfim um sem número de situações que mereciam um grito de revolta. Contudo acho que uma das formas de fazer alguma coisa é divulgar aquilo que considero uma politica educacional perigosa mas que justificada, quanto mais não seja pela informação que já referi. Vou falar da educação sexual, não dos pais mas dos professores. Não sei porquê, mas quando me ponho a pensar sobre a minha educação constato que tive vários “pais”, os pais biológicos, os professores, os amigos, a sociedade, a televisão e por ai fora. No que diz respeito à matéria sexual, não me lembro de ter tido explicações, nem de consultar a Internet, nem de ler livros. Logicamente, admito que a minha actividade sexual se iniciou quase por acaso, mais tarde do que hoje é normal. Não tenho vergonha de o admitir, aliás muito pelo contrário, agora o que dizer da Educação Sexual na escola realizada por um professor recorrendo a vídeos e a sessões de brainstorming? Se por um lado é importante, para explicar formas de prevenção, esclarecer duvidas, identificar distúrbios e problemas, por outro lado, numa visão mais conservadora, não será também uma forma de estimular e incentivar o sexo? Não que considere o sexo uma coisa nefasta, preocupa-me é a diferença de maturidade entre rapazes e raparigas, a forma como encaram o sexo, o que simboliza ou o que significa. Se na fase adulta o sexo, reúne um consenso maior entre homens e mulheres, na adolescência é muito diferente, adicionando questões de ordem física, fisiológica podemos estar a despertar o “desejo” em certa parte de forma desmedida. Não estou a ser machista, mas sinceramente fiquei chocado com o estudo inglês, bastante preocupado até. Sabemos que existe a industria do sexo, sabemos que o sexo está presente em todo o lado, desde da publicidade mais “inocente”, aos canais eróticos, que é difícil controlar a oferta, mais vale estes “sexólogos” actuais, que a minha educação sexual.

3 Comments:

Blogger saloca said...

33% das mulheres morrem em resultado de violência doméstica?! Onde viste isso?

5:31 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O tema em discuçâo pode ser visto de diferentes maneiras mas como o mundo evolue ísto é uma forma de evalução nâo existe pessoas que vendem o corpo para ganharem a vida quem sabe que se este metodo nâo é uma alternativa para essas pessoas e nâo só de terem uma vida mais digna e sem que sejam ofendidas. Eu tambem rejeito este estratagema mas as pessoas sâo capazes de tudo entâo desesperadas ninguem sabe até aonde irâo. filipe

4:32 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

queria dizer que o comentario que fiz aqui é para o debaixo

4:34 da manhã  

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