Retalhos

"Posso não concordar com uma só palavra que disseres, mas defendo até a morte o teu direito de dizê-las". Voltaire.

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

O Idiota e a moeda

Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas. Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 REIS e outra menor, de 2000 REIS. Ele escolhia sempre a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos. Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.

Respondeu o tolo: - Eu sei, ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar a minha moeda.

Podem-se tirar várias conclusões desta pequena narrativa:

A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.

A segunda: Quem eram os verdadeiros idiotas da história?

A terceira: Se fores ganancioso, acabas por estragar a tua fonte de rendimento.

Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, o que realmente somos.

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Definição de Boa Pessoa

Confúcio disse “Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo, quando vires um homem mau examina-te a ti mesmo” o que basicamente significa que a definição de boa pessoa diverge consoante as nossas experiências, vivências, educação e por aí fora. Constatamos que através do desenvolvimento social, associado ao crescimento de padrões desse foro, que até aqui tinham pouca expressão, percebemos que a definição de boa pessoa não está só associada à imagem do comportamento tido como exemplo, aliás, hoje em dia ser boa pessoa não é servir de exemplo, hoje em dia ser boa pessoa é conseguir, ainda que por imitação, fazer algo de incorrecto e ainda assim as pessoas não se examinarem a si próprias. Mais que uma dissonância cognitiva, esta incompatibilidade faz com transformemos as nossas crenças de tal forma, que a negação do comportamento a adoptar como exemplo seja sempre numa perspectiva negativa, porque mais que uma defesa do ego, é sem duvida alguma acreditar que independentemente do que vimos nunca nos vamos examinar a nós próprios.