Retalhos

"Posso não concordar com uma só palavra que disseres, mas defendo até a morte o teu direito de dizê-las". Voltaire.

domingo, março 25, 2012

Frase da Noite...

Não sou alquimista, não tenho o toque de Midas, não transformo pedras em diamante….

sábado, março 17, 2012

Emocionalmente incompetentes - Direito de Resposta - Gi Baggio

Gostei muito do que li, da forma como escreves, mas...não será que todos nós (homens e mulheres) não fomos já emocionalmente incompetentes? E alguns continuam a sê-lo...:) É verdade que há mulheres emocionalmente incompetentes, mas não significa que todas o sejam. Julgo ter tudo a haver com a questão de efectivo amadurecimento. Uma pessoa amadurecida é equilibrada emocionalmente, encara a realidade como ela é, muitas das vezes mais fria e racional… no fundo não deixa de ser uma atitude do EU interior que não permite que algo externo nos desvie dos nossos objectivos. Talvez por isso, amadurecer dói, sendo bem mais fácil tentar contornar essa dor, evitá-la, culpabilizar o outro, vitimizarmo-nos, arranjar desculpas…

Amadurecer é simplificar, ver o verdadeiro valor das coisas, ter a capacidade de perceber e aceitar o que acontece. Não está necessariamente relacionado com a idade, pois a idade cronológica nem sempre coincide com a idade emocional. Para crescer é necessário conhecermo-nos, amarmo-nos, sermos tolerantes, lidar/gerir com as frustrações e a aprender a ficar “sozinhos” pois só assim lidamos bem com as “dores da vida”, ainda que nos custe suportá-las, mas é isso precisamente que nos faz crescer, mudar nas atitudes e comportamentos. Não acredito que todas as mulheres e todos os homens tenham amadurecido a este ponto, umas/uns sim, outras/os não! Nem sempre se consegue controlar todas as emoções, diria mesmo que é humanamente impossível, mas podemos aprender a dominar muitas delas.

Há pessoas que passam uma vida toda emocionalmente na infância/adolescência, apesar de adultas. As experiências de vida ajudam-nos a amadurecer, desde que estejamos predispostos a aprender com estas, desde que estejamos receptivos a aceitar a "dor" e portanto amadurecer não significa quantidade de experiências vividas mas sim a forma como encaramos e vivemos essas mesmas experiências. Como dizia Albert Einstein “ Se procuras resultados distintos, não faças sempre o mesmo”.

As necessidades emocionais do homem, a forma como age em relação a elas, como pensa é completamente diferente da mulher, é um facto, sem dúvida.

Há mulheres que carecem de mais atenção em relação às suas necessidades emocionais, que tem dificuldade em assumir as suas emoções, o que realmente querem (que o “sim” seja “sim” que o “não” seja “não”) e que nem sempre conseguem estar sozinhas. Segundo Sócrates "As paixões e os caprichos dos desejos conduzem-nos a uma vida sem sentido. Longe de ser livres e poderosos (…) somos então escravos e dependentes”.

O Homem pode ser mais prático ou menos complicado, mais directo nos seus desejos/necessidades, mas também considero que há homens totalmente dependentes… seja de sentimentos, pessoas, coisas… tal como há mulheres.
Por ex., homens totalmente dependentes da esposa/namorada/companheira e/ou da mãe e que nem sempre conseguem viver sozinhos e serem auto-suficientes. Nesta lógica, não serão também emocionalmente incompetentes?

Diriam mesmo que a forma como se comunica emocionalmente e como esta comunicação é entendida é diferente do homem para a mulher. Mas é na descoberta a dois, no esforço partilhado, no sermos livres, ainda que juntos, que as coisas ganham forma, sentido e cor. Contrariedades? Existem e sempre existiram…e são apenas isso! Concordo contigo: “se no caminho para a realização não encontramos nenhum obstáculo é melhor pensar que provavelmente não iremos a lugar nenhum”.

Conseguiremos (homens e mulheres) compreender que competência emocional está também directamente ligada à capacidade de perceber as necessidades do outro? Eu diria que uns sim, outros não! Já alguém dizia que só ao calçar os sapatos do outro é que compreendemos melhor o seu modo de caminhar.

“Amamos mais aquilo que com mais esforço conseguimos”… uma grande verdade!

Tudo na vida exige esforço e dedicação e desengane-se quem achar o contrário. Já dizia Antoine de Saint Exupéry “ foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez a tua rosa tão importante.”

Uma outra visão...o meu ponto de vista:) Não significa que o meu esteja certo ou errado...apenas é diferente:)

terça-feira, março 13, 2012

Potencial e Qualidade Vs Qualidade e Potencial

Depois de uma animada conversa sobre esta temática, ainda que ela tenha surgido numa óptica de gestão e de desporto, constato que na nossa vida social admiramos mais a qualidade que o potencial. Normalmente, e na maioria dos casos, a qualidade é a rentabilização do potencial, que bem treinado e orientado trará resultados no futuro. Se analisarmos num contexto mais pessoal, fora da esfera do desporto e da gestão, verificamos que o que desperta inicialmente não é o potencial mas sim a qualidade, a avaliação que fazemos depois sobre o potencial é que nos indica se vale a pena investir. Não referi talento, porque talento significa uma aptidão natural ou adquirida, e sou defensor de uma máxima de Dave Weinbaum “Se não puder se destacar pelo talento, vença pelo esforço.", mas ainda assim terá de existir potencial. Quando pedimos a uma pessoa uma opinião sobre alguém devemos ter em mente um princípio muito básico, desconfiar sempre quando a opinião inicialmente se basear em aspectos negativos. É deveras irónico, era como ir a uma loja pedir informações sobre um produto e o colaborador da loja dizer “esse produto não presta” antes de outra coisa qualquer. Somos pouco próprios, autênticos e genuínos nas nossas avaliações, facilmente influenciáveis e raramente questionamos ou pomos em causa o que nos dizem.

"Poucos são aqueles que vêem com seus próprios olhos e sentem com seus próprios corações." (Albert Einstein)

quinta-feira, março 08, 2012

Anonymous

Foi através de um amigo (que guardo no anonimato como seria de esperar) que me inteirei deste movimento, desta ideia, desta seita, desta religião, desta….pois, apesar de ter pesquisado ainda não consigo ter uma definição clara e precisa do que é ou do que são ou representam. Não que me preocupe profundamente com isso, ou que perca o sono, contudo e depois de debater esta ideia, ideal, ou algo semelhante existem algumas questões que se levantam. Primeiro que tudo, que são? Onde estão? O que defendem etc. O que leva as pessoas a aderirem? Quem está por detrás? Estrutura? Organização? Quem sai a ganhar? Quem fomenta? Quem propaga sabe o que faz? A simples definição “somos apenas um grupo de pessoas na internet que precisa — de um tipo de saída para fazermos o que quisermos, que não seríamos capazes de fazer numa sociedade normal. ...Essa é mais ou menos a ideia” carece de algo mais. Se acredito que somos vigiados constantemente? Sim acredito, se está errado? Talvez, contudo quem não deve não teme, se pesquisarem se investigarem é porque estão atentos, não me importo com isso, desde que garantam a minha vida privada que ela não seja exposta ao mundo, sinto-me seguro. A evolução da sociedade, da mutação dos comportamentos sociais, da explosão das redes sociais faz o resto. Aristóteles dizia “O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflecte”, neste momento não posso fazer mais que afirmar, embora o meu texto seja de dúvida e que muito provavelmente vá reflectir sobre ele.

segunda-feira, março 05, 2012

A minha vida vivida por outros

Na semana passada, durante uma conversa entre amigos, alguém proferiu a seguinte frase “eu sou um elemento passivo e reactivo na minha vida, onde os outros são os elementos activos” donde parece que alguém se apressa a viver a vida de outro alguém. Logicamente que esta frase surgiu mais num contexto de desabafo e frustração que outra coisa, mas foi o mote para uma conversa animada com a partilha de experiências e de episódios dignos de um argumento do Quentin Tarantino. Podemos tentar justificar qualquer situação com questões culturais, ou até de educação, ou até de emoções confusas, mas na verdade tudo depende essencialmente do conhecimento. Nunca será por mero acaso que alguém fala de outra pessoa, já dizia Voltaire “O acaso é uma palavra sem sentido. Nada pode existir sem causa", não que pareça rebuscado ou ofensivo falar de terceiros, até porque é normal na sociedade, até porque na maioria das vezes, falamos sobretudo das escolhas. Não me recordo quem disse, mas a frase era qualquer coisa assim, …”não me parece que exista alguém tão esperto que aprenda única e exclusivamente pela experiência dos outros…” eu diria que se existisse seria inteligente.

Pensei sobre o assunto em debate e mantive-me calado a maior parte do tempo, como é apanágio, registando mentalmente os argumentos da discussão, reflectindo comigo mesmo, percebendo por um lado a satisfação da pessoa mas também a sua tristeza.

“A consciência é o melhor livro de moral e o que menos se consulta" - Pascal