Retalhos

"Posso não concordar com uma só palavra que disseres, mas defendo até a morte o teu direito de dizê-las". Voltaire.

terça-feira, maio 30, 2006

Próxima Tertúlia


A próxima Tertúlia decorrerá na próxima sexta-feira à hora de jantar no restaurante "Casa da Céu", na Rua Centro Republicano nº 68, Tomar

Vejam a bolinha vermelha no mapa da cidade. É lá que fai ser o repasto e a confraternização de nível elevado com o correspondente afogamento com álcool dos nossos incêndios interiores.

Confirmem com o camarada Mourão as vossas presenças a fim de que ele faça as necessárias diligências.

Eu por mim, vou!

Copianço


Notícia RTP: "3 em cada 4 estudantes do ensino superior copiam nos exames";

A mesma notícia dada por mim: "1 em cada 4 estudantes do ensino superior é mentiroso"

segunda-feira, maio 29, 2006

Era uma vez, um cientista, um filósofo e um avicultor

Não vos vou contar uma história, nem se trata de folclore é sim, a solução para uma das mais antigas duvidas da nossa era, “Quem apareceu primeiro, o ovo ou a galinha?” Pois bem, fiquem sabendo, que para estes três senhores foi… o ovo. Basicamente a teoria assenta num principio muito básico, o material genético não se transforma durante a vida do animal, sendo que a primeira ave que no decorrer da evolução se converteu ao que hoje chamamos galinha existiu primeiro como embrião dentro de um ovo. Para o cientista o organismo vivo no interior do ovo tem o mesmo dna do animal em que se converterá. O filósofo defende que o primeiro pinto saiu de um ovo, e era um erro pensar que o primeiro ovo de galinha foi um mutante produzido por pais de outra espécie. Para o avicultor os ovos existiam antes de nascer o primeiro pinto, embora talvez não tivessem o aspecto que têm hoje. Quanto a mim, acho que nunca pensei muito no assunto, já falei muitas vezes da história do ovo e da galinha mas sinceramente nunca parei muito para pensar nesta temática. O que me espanta nesta explicação, é que foi possível reunir o consenso numa matéria subjectiva de pessoas de áreas distintas. Digo isto porque não é só a educação, cultura, tradição, instrução que faz variar as opiniões, existem muitas outras variáveis e a formação académica é uma delas.

sábado, maio 27, 2006

Por favor, ajoelhem-se

È engraçado constatar que as noticias também tem épocas. Logicamente que existem noticias que são de “ultima hora” e que normalmente se arrastam semanas nos telejornais, normalmente catástrofes, acidentes, conflitos armados e por ai. Mas acreditem na história de notícias sazonais. Mas o que me leva a escrever este post é que surgiu recentemente uma noticia, que normalmente só surge em meados de Outubro, Novembro ou quando é um escândalo como é óbvio. Falo das praxes académicas. Segundo um inquérito da Universidade de Coimbra um terço dos estudantes inquiridos defendem práticas de praxe académica violentas e segundo este mesmo inquérito 28 % dos alunos discordam de que a praxe deve ser facultativa e respeitar quem não quiser. O próximo dado do inquérito é que me deixou perplexo, para os leitores assíduos deste blog pode ser mesmo mais uma intervenção sobre a descriminação, é que 80 %, eu repito, 80 % dos inquiridos responderam favoravelmente à discriminação sexual bem como a recusa de qualquer alteração/revisão do código de praxe que iguale os direitos. Estes números até podem ser facilmente explicados, pelo desejo de vingança por aquilo que alguns sofreram, tradição, falta de civismo e por ai fora. Contudo tenho de afirmar que sou a favor das praxes, são um mecanismo de integração, são benéficas na adaptação dos estudantes e são a génese do espírito académico, pese embora, alguns alunos vejam as praxes como uma forma de se sobressair dentro de uma comunidade que procura exemplos e referências, procuram humilhar quem em condições de igualdade não conseguiriam, mas creio, que este tipo de pessoa existe em qualquer parâmetro da nossa sociedade e é importante que esta ideia esteja presente durante a formação académica, mas na minha opinião, não numa perspectiva “curricular” mas numa perspectiva humana.

sexta-feira, maio 26, 2006

È perigoso casar

Não me lembro de existir uma idade própria para casar, pese embora a sociedade exerça uma pressão para que as pessoas se casem. Quanto a mim é a lei natural, devemos é respeitar quem não quer casar. Sabemos que hoje em dia se casa cada vez mais tarde, por diversas vicissitudes, não que esteja alguma coisa errada, mas verdade seja dita que quando se chega aos 25 anos é natural que se comece a ouvir por parte dos familiares e amigos a velha expressão “então e tu, quando casas?”. Se você é daqueles que como eu ainda joga na equipa dos solteiros, tenha bastante atenção ao casamento, para ser mais claro, eu não falo na escolha do parceiro ou da casa ou do vestido, falo sim da atenção que tem que ter com os preparativos e boda em si, isto porque o Ministério das Finanças está preocupado com a fuga aos impostos e não se espante que o fisco lhe pergunte, quanto custou o copo de água, as fotos, o aluguer do espaço, as flores, o conjunto musical e por ai fora. Tem sido enviado a casais recém-casados um questionário referindo entre outras coisas já referidas, as empresas contratadas, o número de pessoas etc. O perigo que falo, provem do facto de estarem estipuladas coimas de 100 a 2500 euros se não cumprir este dever de colaborar. Acredito que muitas pessoas guardam os recibos de casamento, por recordação, para fazer contas, sendo que muitas também os deitam fora, será que são obrigados a guardar os recibos? O problema deriva da natureza informal dos serviços contratados, com a consequente fuga aos impostos por parte de empresas e particulares do ramo. Pode ser que com esta situação as coisas até melhorem, cria-se a necessidade de um contrato e como todo o contrato, passa a ser possível reclamar ou pedir uma indemnização caso não seja respeitado. Assim se calhar também me vou casar, pode ser que, se não me der bem com a minha mulher, vá pedir uma indemnização aos pais dela, afinal o casamento é um contrato.

quarta-feira, maio 24, 2006

PMA

Não é um partido, não é um movimento, não é um grupo musical, não é a sigla de nenhuma empresa é a futura lei que irá regular as técnicas de Procriação Medicamente Assistida. Quando escrevi o post de dia 22 estava a milhas de imaginar que estava na forja esta lei. Normalmente, utilizando uma expressão popular, uma lei é para todos, pois bem nem todas e esta muito menos, isto porque, por exemplo eu, não poderia recorrer à PMA, esta lei é só para casais (de sexos diferentes), maiores de 18 anos que vivam em condições semelhantes ás dos conjugues. Logicamente que se gerou um protesto, alegando descriminação, uma pessoa sozinha não pode recorrer a estas técnicas. Mas nem tudo é mau, a futura lei permite a investigação com embriões excedentários (podemos sempre ir a Espanha vende-los), proíbe a maternidade de substituição e a clonagem com fins reprodutivos. Quero deixar bem claro, que quando digo que nem tudo é mau, refiro ao facto que existe matéria nesta lei para além daquela que levantou o protesto. Quanto a mim, estou divido, se critiquei por não existir legislação em Portugal que regulasse a matéria, acho que ainda não pensei o suficiente sobre o assunto para ter uma posição clara e objectiva. O meu pai conta uma história que se aplica muito bem a estas questões, a história do menino, do velho e do burro, certo dia passeavam os 3 pelo campo, o menino e o velho caminhavam lado a lado segurando o burro por uma corda, ao passar pela primeira aldeia, diz alguém “coitado do menino, tão novinho e a caminhar tanto, podia ir em cima do burro”, assim se fez. Na segunda aldeia, diz alguém “coitado do velhinho, podia ir em cima do burro”, assim se fez. Na terceira aldeia, diz alguém “coitado do burro, ter que suportar o menino e o velho”. Todos sabemos que este conto é folclore, mas ilustra bem a mensagem que quero passar, por mais justa, coerente, real, necessária que seja uma lei, terá sempre quem a defenda e quem a conteste, acho perfeitamente natural, resta defender o direito de nos pronunciar sobre ela.

terça-feira, maio 23, 2006

O seu sexólogo

Confesso que fiquei bastante indeciso sobre o que escrever hoje. Se sobre as 33 mulheres que morreram o ano passado em Portugal, em resultado de violência doméstica , se dos 50 % de adolescentes inglesas entre os 13 e 19 anos que afirmam que já tiveram relações sexuais sem o desejar, se das constantes violações dos direitos humanos em África, se das mutilações genitais, enfim um sem número de situações que mereciam um grito de revolta. Contudo acho que uma das formas de fazer alguma coisa é divulgar aquilo que considero uma politica educacional perigosa mas que justificada, quanto mais não seja pela informação que já referi. Vou falar da educação sexual, não dos pais mas dos professores. Não sei porquê, mas quando me ponho a pensar sobre a minha educação constato que tive vários “pais”, os pais biológicos, os professores, os amigos, a sociedade, a televisão e por ai fora. No que diz respeito à matéria sexual, não me lembro de ter tido explicações, nem de consultar a Internet, nem de ler livros. Logicamente, admito que a minha actividade sexual se iniciou quase por acaso, mais tarde do que hoje é normal. Não tenho vergonha de o admitir, aliás muito pelo contrário, agora o que dizer da Educação Sexual na escola realizada por um professor recorrendo a vídeos e a sessões de brainstorming? Se por um lado é importante, para explicar formas de prevenção, esclarecer duvidas, identificar distúrbios e problemas, por outro lado, numa visão mais conservadora, não será também uma forma de estimular e incentivar o sexo? Não que considere o sexo uma coisa nefasta, preocupa-me é a diferença de maturidade entre rapazes e raparigas, a forma como encaram o sexo, o que simboliza ou o que significa. Se na fase adulta o sexo, reúne um consenso maior entre homens e mulheres, na adolescência é muito diferente, adicionando questões de ordem física, fisiológica podemos estar a despertar o “desejo” em certa parte de forma desmedida. Não estou a ser machista, mas sinceramente fiquei chocado com o estudo inglês, bastante preocupado até. Sabemos que existe a industria do sexo, sabemos que o sexo está presente em todo o lado, desde da publicidade mais “inocente”, aos canais eróticos, que é difícil controlar a oferta, mais vale estes “sexólogos” actuais, que a minha educação sexual.

segunda-feira, maio 22, 2006

Vamos fazer negócio

Se você fosse casada comigo, se eu vende-se o meu esperma o que achava? E você venderia os seus óvulos?
Este pergunta não é tão estúpida quanto possa parecer, isto porque está-se a dinamizar um negócio que segundo algumas fontes é altamente rentável, não só pelas questões económicas, pela falta de legislação mas acima de tudo pelas alternativas que oferece. Não que queira publicitar o negócio, mas precisava desta introdução para não ferir os mais sensíveis (estou-me a afastar do tema da religião). São cada vez mais as mulheres portuguesas que doam os seus óvulos a clínicas espanholas, mas não é só com o intuito de resolver problemas de infertilidade, é também com base em aspectos económicos. A “receita” pode chegar aos mil euros para as mulheres e 50 euros para os homens (descriminação só pode). Se por um lado compreende-se o sentimento altruísta de algumas pessoas, o desespero de outras, que as levam a realizar estas doações, por outro lado corremos o risco de se tornar um negócio e como todos os negócios existe um risco, existem também alguns empresários menos dados a questões éticas e morais que com toda a certeza verão neste negócio a sua galinha dos ovos de ouro. Que se leve injecções para produzir em maiores quantidades, ou aumentar a fertilidade compreende-se mas, fazer disso uma forma de vida e subsistência é deveras preocupante. Não só o mal vejo eu, porque existem aspectos positivos neste “negócio”, diminuição da infertilidade, a ciência pode garantir um filho saudável (paro por aqui, para não ferir susceptibilidades) a base de dados pode a ajudar a encontrar culpados de crimes sexuais. Não estou a tomar uma posição, esta matéria é do foro pessoal/familiar, preocupo-me é com os riscos da “comercialização” e a falta de legislação, em Portugal é claro.

domingo, maio 21, 2006

Eu tinha razão

Já falamos diversas vezes sobre males sociais, até foi possível identificar alguns, contudo creio que é de opinião generalizada que os maiores males sociais residem dentro de nós. São as nossas fraquezas, as nossas inseguranças que nos levam a recorrer a vícios. Quando falamos em vícios vem sempre a cabeça o tabaco, o álcool, a droga, se pensarmos um pouco mais, vem o jogo e por ai fora. Agora o que me deixa intrigado é a emergência de novos vícios em faixas etárias cada vez mais baixas. Segundo o psiquiatra Luís Patrício existe uma “nova oferta” no que diz respeito a dependências patológicas sem recorrer a substancias psicoactivas (drogas). Com isto serve o argumento utilizado por mim para referir que eu tinha razão, a Internet, consolas, telemóvel, sexo, compras criam dependências patológicas graves e em certos casos de cura muito difícil, mesmo comparando com os vícios comuns. Verdade seja dita, hoje em dia é difícil arranjar dez pessoas para jogar futebol, antigamente tínhamos de esperar eternidades para jogar, porque eram pessoas a mais. Seguindo a linha da evolução de Darwin qualquer dia o polegar esta ultra desenvolvido devido ás consolas e ao telemóvel. Para aqueles que recorrem aos serviços pouco claros do mundo do sexo, preparem-se, o governo pondera elaborar uma lei que prevê que aquele que recorre á prostituição e for apanhado terá de pagar uma multa e até pode ser preso, um pouco á imagem do que se passa na Suécia, agora e se uma pessoa for doente do sexo? Se for um vicio? Será igual á droga? Vivemos, no tempo dos assassinos, os assassinos da liberdade e das doenças da moda. Porque não fui eu para Ginecologista?

sábado, maio 20, 2006

Bodes expiratórios

Eu pessoalmente sou contra certos tipos de jornalismo sensacionalista os quais considero de facto um mal social. Todos nós temos um pouco de jornalistas sensacionalistas, a diferença reside no facto de não vivermos disso nem vendemos jornais e revistas. Existem noticias que podem ser consideradas importantes para um certo nicho de pessoas, as fofocas do Jet7, os divórcios, escândalos, casamentos, destas até se compreende, figuras publicas a necessidade de vender e por ai fora.
Agora existe uma coisa, relativamente ao jornalismo de investigação que não deve ser ignorada, o risco elevado. Quanta informação, não se sabe hoje em dia graças à coragem de uns quantos destemidos? A justiça muitas das vezes recorre a eles para dar seguimento aos processos, muitas das vezes a informação destes é de extrema importância. Pegando no motivo que me leva a escrever este post, constato também que os jornalistas muitas das vezes são o bode expiratório de muitos, quando digo muitos, refiro-me a empresas, individualidades e por ai fora, agora quando o Procurador-Geral da Republica, respeitante ao caso do “envelope 9”, afirma que os jornalistas são os responsáveis e que os procuradores referenciados no Jornal 24Horas deverão ser ilibados, na sequência os jornalistas incómodos passaram a ser os maus da fita, um mal social é claro. Quanto a mim este processo da Casa Pia já fabricou muitos heróis e vilões e estes “bodes expiratórios” são mais um dano colateral.

sexta-feira, maio 19, 2006

Vamos despedir mais mulheres

Sabemos que somos um país que descrimina as mulheres, começando no poder central e acabando no ser machista que reside em todos nós. Não que pense que as mulheres são inferiores, porque não o são, verdade seja dita, são em alguns casos, não só por herança genética (não sei de quem), não só pela sociedade, não só porque um Ferrari é mais rápido que um Ford, quer dizer que seja descriminado. Todos sabemos que as mulheres recebem menos, tem menos hipóteses de carreira (não só pela sociedade, mas também por características próprias), que em caso de empate perdem sempre. Mas estas questões, comprovadas e visíveis embatem num ponto fulcral, no que toca à individualidade, não serão os homens descriminados? Antes que seja molestado e violado por alguma associação feminista (para mim a fonte da descriminação) revelo a razão de escrever este post. Recentemente foi anunciado pelo INE que as mulheres lideram o aumento do desemprego no primeiro trimestre do ano, face a igual período do ano passado, 92,4 %, o que me espanta e me preocupa. Logicamente que dizer que estes 92.4 % são fruto de descriminação era a mesma coisa que dizer que mais ninguém que se preze iria ler alguma coisa que eu escrevesse. Existe algumas considerações importantes, que podem ajudar a explicar este facto. O encerramento de determinados serviços e empresas de sectores específicos, onde predomina a mão-de-obra feminina pode ser um deles. Não me posso considerar machista porque enquanto ouvir homens dizer “mulheres trabalhar? Nem pensar, em casa a cuidar dos filhos”, eu prefiro uma mulher com um bom emprego, um bom ordenado, para me dar conforto e segurança, ora ai está, sou egoísta porque quero que ela trabalhe para mim. Vamos proteger as mulheres, além de terem prioridade em salvamentos, nas filas, caixas de supermercado quase exclusivas, cotas na assembleia da república, tem a visão da sociedade do lado delas. Passo a explicar, se eu recorrer a serviços de certas e determinadas mulheres que cobram pela troca de fluidos, ou que dançam ao som da musica para me alegrar sou um “porco” mas se for uma mulher dizem logo, assim é que é, mulher moderna, que sai da rédea do marido e isto e aquilo. Se quiser ser cavalheiro e deixar passar uma senhora a minha frente, das duas umas, ou estou a cortejar, ou sou machista, por pensar que ela precisa de ajuda ou de um favor. Fora de brincadeira, assumindo sem medos uma posição, existe descriminação, ela é real, mas por favor, não disparem em todas as direcções, não pelos homens, um tiro no pé pode ser a consequência.

quinta-feira, maio 18, 2006

Ai Romero, salva-te

Já aqui neste blog se escreveu, deveras bem, a presunção dos ingleses a respeito de nós portugueses. Agora o que dizer de um blog anti-Merche Romero que critica a relação da apresentadora de televisão com a estrela da selecção nacional Cristiano Ronaldo, acusando esta de pedofilia, referindo-se a ela como sendo uma “beast”, de ser gorda, ter rugas e celulite. Tenho de admitir que tentei ler o blog até ao fim, mas desisti, como alguém pode dizer qualquer coisa negativa sobre tamanha explanação de beleza feminina, a julgar pelo que se vê é claro. Interessante é que o coitadinho do Cristiano, segundo este blog precisa de ser salvo, eu preciso é ser capturado. Mas acertando agulhas sobre o que me leva a escrever este post, é o perigo que se levanta por esta circulação desmedida pelas auto-estradas da informação, mas circulação de que? Pois conto com a vossa ajuda para explicar, informação? Não me parece, divertimento? Provavelmente para alguns, mas o que é isto? Lembrei-me agora, vou criar um blog para dizer mal de tudo e de todos, para registar as minhas frustrações, desilusões, angustias, amarguras, dores, atacar desmedidamente, vou ofender a moral e os bons costumes, apagar tradições e fazer traições, serei um senhor de o pequeno porque também vou eliminar palavras do dicionário, remover letras e tudo mais que me lembre. Já dizia o outro, fico chateado claro que fico chateado. Preocupa-me esta falta de controlo sobre a informação, não se trata de censura, trata-se de preservar aquilo que outros tanto defenderam e outrora vamos esquecendo. Defendo a liberdade de expressão, defendo as palavras de Voltaire que são apanágio do nosso blog, mas… não ofendam a inteligência, muito menos a nossa, a de todos nós, os portugueses.

Vejam por vós o vitupério que é.. http://mercheromero.splinder.com/

Desportivismo e Fair-Play

Acalmem-se, não vou violar um dos princípios básicos e elementares das nossas dissertações, apenas acho o título sugestivo para descrever uma situação deveras preocupante. Segundo o Jornal de Noticias, no dia 16 de Abril (Domingo de Páscoa) em Fafe um homem de 36 anos, envolvido num acidente registava uma taxa de álcool no sangue de, imagine-se que eu não sou capaz, 7.46 g/l, eu repito para não pensarem que é um erro de digitação, 7.46 g/l. Acredite-se ou não, segundo este jornal, este individuo conduziu um veiculo motorizado durante 3 km (no mínimo um feito ao nível dos vilões) até embater na traseira de um automóvel que seguia na mesma direcção, agravado pelo facto de circular sem capacete, resultou nos quantos dias em coma, sim aquele estado no limiar da vida, em que um simples sopro pode escolher o caminho. Para descanso daqueles que prezam a vida, o indivíduo já teve alta. Pegando no título, este surge porque um dia destes reparei numa t-shirt que um mero transeunte trazia, que dizia, “Desportivismo e Fair-Play, também na estrada”, eu já estou por tudo, a nossa “guerra civil” consegue fazer mais vitimas que muitos conflitos armados, gastam-se milhões em campanhas de prevenção, a brigada de transito aperta a vigilância em períodos críticos, mas apesar de se registar uma diminuição na sinistralidade rodoviária, acho que existe um aspecto educacional, cívico e cultural por de trás desta temática. Recorrer a citações normalmente associadas ao desporto, que por muitos de nós surge na forma de futebol pode ser um meio para evitar estas situações, agora como é possível alguém ter 7.46 g/l de álcool no sangue? Que campanha será eficaz perante este tipo de individuo que bebe esta quantidade? Com esta taxa de alcoolémia, o sistema nervoso central “adormece”, provoca descoordenação de movimentos, diminuição de reflexos, perturbações na visão, alucinações e por ai fora. De salientar que o teste foi realizado 3 horas após o sinistro, sem comentários…

quinta-feira, maio 11, 2006

Propriedades do "Licor Beirão"

Com os cumprimentos do blog “Pedevento”:

“As propriedades do licor mais famoso do nosso Portugal estão aqui descritas.
1. Apaga a angustia
2. Extingue a culpa
3. Faz esquecer
4. Solta a língua
5. Aflora o calão
6. Alimenta opiniões
7. Lima asperezas
8. Aconchega corações rotos
9. Junta amigos
10. Serve de aperitivo
11. Faz esquecer o quarto
12. Apressa desenlaces
13. Causa rubores
14. Elimina a timidez
15. Afina a voz
16. Levanta o ânimo
17. Fomenta as relações românticas
18. Dá calor
19. Faz compadres
20. Liga as comadres
21. Fecha negócios
22. Abre portas
23. Aligeira caminhos
24. Encurta distâncias
25. Faz companhia
26. Cura a tristeza
27. Aumenta a alegria
28. Melhora a digestão
29. Mata as lombrigas
30. Cura resfriados.

Por tudo isso e mais........Saúde! .....e depois da meia-noite:
1. Descobre a beleza escondida
2. Paga tudo
3. Move ruas, postes, números de portas e escadas
4. Abre cintos e baixa zippers e arranca botões
5. Baixa cuecas e boxers
6. Provoca gemidos e sobressaltos...

... e ás 8 da manhã:
1. Causa dor de cabeça e sede
2. Faz amnésia

No final de tudo, as desvantagens são menos que as vantagens. Conclusão: A BEBER....... É A QUE A GENTE SE ENTENDE


Posted by mardapalha at novembro 25, 2004 11:57 PM

segunda-feira, maio 08, 2006

Mês de Maio

Pelo facto de na última tertúlia se ter dito que se comemorava por esta altura o aniversário de Sigmund Freud deixo aqui mais alguns nomes de pessoas que pela positiva (ou negativa) marcaram a história e a nossa sociedade, sabendo que, algumas pessoas podem achar que essas pessoas foram benéficas ao nosso mundo, a saber:

Al Pacino; Balzac; Buda; Cacá Diegues; Dorival Caymmi; Faustão; George Lucas; Jack Nicholson; Janete Clair; José Sarney; Karl Marx; Michelle Pfeiffer; Orson Welles; Papa Joao Paulo II; Saddam Hussein; Salvador Dali; Sigmund Freud; Taffarel; Shakespeare.

Será que as nossas visões/posições são influenciadas pelos signos?

domingo, maio 07, 2006

A minha consciência é uma "pizza"

Depois de mais uma ilustre tertúlia, existem algumas considerações emanadas por não menos ilustres tertulianos que considero deveras importantes. Começando pelo título, creio que esta metáfora ilustra bem aquilo que se passa actualmente. Definir um mal social é marcar uma posição dentro da sociedade, è termos uma base idêntica para todos, onde os ingredientes fazem a diferença no pensamento. As leis que regulam a sociedade, são o suporte e a justificação para muitas das nossas posições, seja nas drogas, seja no aborto, seja nas coisas mais triviais. O maior mal social reside dentro de nós, ele surge sustentado na nossa educação, nas nossas experiências na nossa moral, dizer que é isto ou que é aquilo é balizar ainda mais um pressuposto que é intemporal incondicional e acima de tudo imortal. È claro que podemos sempre afirmar que a imprensa é um mal social, ou que o telemóvel é nefasto ás relações, que a Internet inibe o desenvolvimento psicossocial das crianças e por ai fora, mas não serão um mal social à luz dos olhos de todos nós. A minha pizza não está pronta, nem nunca estará, hei-de estar velho e rabugento, frustrado e rezingão, despido de moral e ainda assim mudar de opinião, mesmo que isto seja só uma visão alarmista daquilo que eu sei que não irá acontecer preocupo-me que cada vez mais, a consciência do bem e do mal, alterna a uma velocidade cósmica e muitos de nós morremos socialmente no meio deste fogo cruzado, virando ora bestas ora deuses. Não que Aristóteles tenha dito esta frase consciente que ela séculos depois estaria tão bem aconchegada na nossa sociedade, mas cada vez mais o nosso mundo é sensível e não inteligível e cada vez mais temos bem clivadas as diferenças na visão sobre os males sociais.

Males Sociais

Eh pá!
Não posso deixar de emitir esta expressão de admiração carregada de ironia, e de emiti-la perante o triste espectáculo da presença de um mal social. E são tantos, tantos os males sociais, que a sua actuação deveria acabar e descer o pano quando estes pisam o palco das nossas vidas.
Mas o que significa o mal?
Em certa medida, parece que é a simples imperfeição dos nossos pensamentos e dos nossos actos, ou o sofrimento, puro e simples, da nossa condição física e humana.
Embora não nos pareça surpreendente, o mal é essencialmente moral, e essencialmente metafísico - onde está a moral está o mal, encoberto ou obscurecido.
Para resolver o mal temos de ser coerentes.
Não existem males sociais mas sim o próprio mal que subverte tudo na sua tenebrosa essência.
A acção exercida sobre um indivíduo não é mais do que a manifestação de uma sociedade com vontade própria, sendo o mal entendido como o social, um momento negativo da história entre homens, ou seja, a falta de interdependência entre estes, a ignorância perante os problmeas de trabalho e a vida económica.
Portanto, os males não são sociais mas algo em si mesmos que exteririzando provocam danos sociais.

Tomar, 6 de Maio de 2006.
Tertuliano Brito.

quinta-feira, maio 04, 2006

Estou feliz...