Retalhos

"Posso não concordar com uma só palavra que disseres, mas defendo até a morte o teu direito de dizê-las". Voltaire.

terça-feira, outubro 31, 2006

Bons exemplos a seguir

Correndo o risco de sermos acusados de promotores da “Ibéria”, deixo aqui um bom exemplo de um mecanismo que pode ser o motor para o desenvolvimento económico entre outras coisas, segundo o Instituto Espanhol de Estatística a taxa de desemprego em Espanha cifra-se nos 8,15%, o valor mais baixo dos últimos 26 anos. Podemos sempre dizer que Portugal está melhor, temos uma taxa de desemprego 7%, logicamente que sabemos que em proporção as coisas não são bem assim. Estes 7% correspondem a 448.736 desempregados, em Espanha num trimestre, mais 202.500 pessoas conseguiram um emprego, ou seja existem agora qualquer coisa como 21.66 milhões de pessoas empregadas, estes 8,15% são bem menos preocupantes que os nossos 7%, já para não falar na tendência.


Nota: A Espanha tem cerca de 44 milhões de habitantes, enquanto nós somos cerca de 11 milhões.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Eu, nós e os outros

A principal preocupação do homem é conhecer-se a si mesmo enquanto ser humano, é saber o sentido da sua existência. Partindo do princípio que a personalidade de cada um de nós e progressivamente elaborada, cada etapa da nossa vida contribui para o produto final. O primeiro grupo da nossa vida é a família, é ela que nos transmite os valores e a educação para se viver em sociedade, é sem dúvida, e obviamente o mais importante. Mas a verdade é que não mostra quem somos, só nos conhecemos perante os outros que não nos conhecem Em função do que penso e sinto, comporto-me.
Engraçado é quando vimos que ao fim ao cabo, somos as mesmas pessoas, a diferença está naquilo que as outras pessoas esperam de nós. E o que esperam os nossos amigos de nós e o que esperarmos deles? Nada, a amizade reside no simples facto de não se esperar nada dos amigos, ou seja, o simples amigo espera que estejas sempre presente quando ele precisar, o verdadeiro amigo é aquele que espera estar sempre para nós. Parte de nós sermos bons amigos, não são os outros que me vão dizer quem é bom amigo e quem não é, tenho de ser eu próprio a avaliar e a dar-me. Por vezes ouvimos pessoas com comentários do género, “pensava que era uma coisa, afinal era outra completamente diferente”, “pensava que podia confiar.”, pois o problema das pessoas é pensarem em vez de sentirem. Prefiro ser amigo por conveniência do que amigo do outro amigo, mas o que é um e, o que é o outro? Amigo por conveniência não é assim tão mau como parece, ora vejamos. Amigos por conveniência são aqueles que se relacionam porque ambos tem um objectivo no qual o outro pode ajudar, acontece muito na escola ou no trabalho, o mau e quando um deles não sabe o porque daquele relacionamento, o amigo do outro amigo é do género, “ olha aquele gajo é fixe, a sério, simpático, epá, vais ver.”, resumindo as pessoas não nos conhecem mas como existe uma pessoas que diz bem, está tudo bem (também se verifica o contrario) isso para mim não me interessa e porque? Porque nem todos nós vimos e sentimos o mesmo, como tal aquilo que tu vês pode não ser aquilo que eu vejo. Isto aplica-se a tudo na minha vida, a mim não me interessa ver aquilo que toda a gente vê, eu quero ver e perceber porque existem pessoas que consideram outros especiais e diferentes, é isto que eu procuro nas pessoas, aquelas coisas que ninguém, ou quase ninguém vê, o que torna as pessoas especiais aos olhos de outros. Por vezes classificamos as pessoas á luz da sociedade, através de regras e de comportamentos padrão, sem nunca pensar o porque da pessoa agir de determinada maneira, a verdade é que nunca devemos criticar ou julgar a maneira de ser das pessoas, mas sim os seus comportamentos. Voltando aos amigos, desejamos tudo de bom a eles, normalmente, porque não seria melhor... desejar ao nosso melhor amigo todas as vicissitudes da vida, pois é em fase das dificuldades que se mostra que é homem, é algo complexo mas deixo a vossa imaginação. È de pensar que por vezes cometemos erros, é esses mesmos erros que por vezes são utilizados para distinguir pessoas, são também o instrumento para modificar os nossos comportamentos, atitudes reacções. Os erros influenciam e de que maneira qualquer tipo de relacionamento, mas são parte integrante da solidificação de uma relação, e porque? Porque é através deles que vimos quem são os nossos amigos, até que ponto confiam em nós, os aspectos que temos de trabalhar, e quem está lá verdadeiramente para ajudar.

Treinar a ignorância

Sei que muito provavelmente serei chamado de ignorante, mas no fundo quero provar que ser ignorante pode ser positivo, e que é uma característica que bem treinada pode ser tão importante como outra qualquer. A ignorância pode ser considerada como falta de conhecimento, sabedoria ou instrução ou quem sabe a crença em falsidades. Contudo se pensarmos um pouco, não seríamos um pouco mais felizes e realizados se tivéssemos a capacidade de ignorar algumas coisas? Por exemplo a questão do petróleo, a guerra, a fome etc. Não que esteja a desvalorizar quem rema contra a maré, já dizia Madre Teresa de Calcutá “ Por vezes, sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar, mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota” mas vou mais na óptica de José Freitas Dias “A confiança que depositamos num amigo é proporcional ao amor que lhe dedicamos”, isto para dizer que num prisma social a ignorância poderá ser uma mais valia “coração que não sente não sofre”, se faltar a consciência faltará a dor. A ignorância é a fonte de contos e de lendas, do folclore, de histórias de arrepiar, do conforto do coração e acima de tudo a melhor defesa em relação a insultos pessoais, desprezo? Desprezo é a consciência de um insulto que nos ofende mas que nos forçamos a não demonstrar, ignorância? Ignorância é um mecanismo de defesa, para a publicidade enganosa, para os insultos pessoais, para as tramas do quotidiano, uma defesa para o indivíduo altruísta numa sociedade consumista, efémera e sedenta de indivíduos cheios de consciência. Ela não tem preconceitos, não discrimina, não ofende e quando for selectiva será uma arma de poder incalculável. Será negativa quando for justificação para erros, mas será um principio de desenvolvimento, ou não seja o pensamento divergente o principio do conhecimento, então se for ignorante, demonstrar falta de sabedoria e não perceber alguma coisa pode sempre dizer que está prestes a evoluir. Quando Nicolau Copérnico afirmou que era a terra que girava em torno do sol e não o contrario, foi chamado de ignorante, pois revelou falta de conhecimento e crença em falsidade, contudo tinha razão. O mal da ignorância é que vai adquirindo “confiança” à medida que se prolonga, mas bem treinada, a ignorância pode útil, já dizia Sófocles “Tenho o hábito de não falar daquilo que ignoro”, senão fosse possível ignorar algumas coisas, não seríamos capazes de nos especializar. Todos somos ignorantes, nem todos o assumimos, para Thomas Sowell, “Necessitamos de um grande conhecimento só para nos apercebemos da enormidade da nossa ignorância” porque “Nada faz um homem ter tantas suspeitas como o facto de saber pouco” (Francis Bacon). Como disse um ilustre tertuliano, quanto mais aprendo, mais ignorante sou.

terça-feira, outubro 24, 2006

O cariz internacionalista do povo português é inegável

Senão vejamos:
- Quando um português tem um grande problema pela frente costuma dizer que... se vê grego;
- Se uma coisa é extremamente difícil de compreender, ele afirma que... isso é chinês;
- Quem trabalha de manhã à noite... é um mouro de trabalho;
- Uma invenção moderna e mais ou menos inútil... é uma americanice;
- Quem mexe em alguma coisa que não queira que mexa... é como o espanhol;
- Quem vive com luxo e ostentação... vive à grande e à francesa;
- Se faz algo para causar boa impressão aos outros... é só para inglês ver;
- Se tentas "regatear" o preço de alguma coisa... és pior que os marroquinos;
Mas quando alguém faz merda ou alguma coisa corre mal... é à
PORTUGUESA

domingo, outubro 22, 2006

Ignorância

Ignorância
Ignoratio elenchi (ignorância do assunto), é melhor escrever assim, consiste num paralelogismo consistente em provar ou discutir coisa diversa da que está em debate. Mas soube recentemente que existe outro tipo de ignorância, a ignorância de si próprio (Ignoratio rapa nui), esta consiste em provar ou discutir que coisa diversa é igual ou deve ser integrada na minha. Quanta ignorância vai por esse mundo fora.
Até à próxima!

sexta-feira, outubro 20, 2006

As praxes novamente

Já aqui escrevi sobre as praxes, e com este post confirma-se a história de notícias sazonais. Por esta altura o espírito académico está ao rubro, os caloiros, os jantares, as festas e claro as praxes. Logicamente que ao falar-se de praxes pensa-se logo em abusos, descriminação, humilhação e por ai fora. Se os danos morais são preocupantes, e passíveis de serem alvo de queixas e indemnizações, o que dizer quando os danos são físicos? Na Universidade de Aveiro as cerimónias da praxe académica foram suspensas depois de um incidente com uma aluna. O que diferencia este caso de tantos outros, é que a aluna em questão sofre de epilepsia, tendo recebido tratamento hospitalar. O Vice-Reitor da Universidade de Aveiro disse a uma rádio que considerava necessário alterar o código da praxe, não pondo de parte a possibilidade do fim do ritual. Com os sucessivos casos de praxes “desmedidas”, fala-se muito da necessidade de controlar e alterar rituais, mas pouco se faz nesse sentido, será necessário a gravidade dos casos aumentar para realmente se passar acção? O problema destas situações, também passa pelo facto de as praxes terem um peso importante na adaptação à vida académica entre outras coisas, e uma intervenção desmedida pode levar à extinção de um “ritual” que funciona como um mecanismo de adaptabilidade.

quarta-feira, outubro 18, 2006

E eu também quero...


Na sequência de outro post que publiquei, reafirmo a minha opinião: Iberia com eles... Parece-me que 45.7% dos espanhóis têm ambição. No entanto, os gajos que não pensem que esse território unido se chamaria Espanha e que O Juan Carlos seria o rei disto tudo. Lá a capital ser Madrid tudo bem, agora o resto nem que eles se fecundem.

terça-feira, outubro 17, 2006

Educação

“ A educação faz a pessoa fácil de dirigir, mas difícil de controlar, fácil de governar mas impossível de escravizar.”

Sobre a vida, digo....

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndido da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma critica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

sexta-feira, outubro 13, 2006

sexta-feira 13

Hoje é sexta-feira 13
E não há nada a perder
Pela 2ª Lei de Murphy
Tudo pode correr mal
Á porta do paraíso
Todos esperam por ti
Mas o teu caminho é outro
Hoje o teu caminho é de ouro
Nesta sexta-feira 13....
(Xutos e Pontapés)

quarta-feira, outubro 11, 2006

Desconfiança

É natural que um patrão tenha receio de que algum empregado faça marosca - afinal todos somos humanos. O que espanta no meio disto tudo é um juíz desconhecer a lei do trabalho ( ou faz de conta que a desconheçe ) e a Constituição da República Portuguesa. Isso é que está mal. Como é possível? Isto só provoca a desconfiança entre as partes. Qual o objectivo subjacente a tal atitude? Com base na desconfiança nenhuma empresa perdura. Contrato psicológico? Qual quê! Mais uma vez a ignorância é manifestada em todos os quadrantes da vida nacional. Lá fora devem rir-se a rodos, mais uma do "cantinho à beira mar". Porém isto é só uma gota, vejam à vossa volta.

A Bem da Nação!

terça-feira, outubro 10, 2006

Aflição

«O patrão que no local de trabalho dos seus empregados instala um sistema electrónico que permite saber as vezes que cada empregado se desloca à casa de banho, as horas a que o faz e o tempo que aí demora não preenche o elemento objectivo do crime de devassa por meio de informática».
Esta foi a decisão do Tribunal da Relação do Porto, avançada pelo Diário de Notícias, sobre um caso em que um trabalhador de uma fábrica de calçado acusava a entidade patronal de devassa da vida privada, pelo facto desta, através de um cartão electrónico, controlar as idas dos funcionário à casa de banho.
Nas alegações ao tribunal, o funcionário argumentou que «desde Janeiro de 1996», o presidente da empresa «criou, utilizou e continua a utilizar um ficheiro automatizado de dados pessoais referentes aos seus trabalhadores». Com esta aplicação informática, segundo o assistente, o patrão «sabe rigorosamente a que horas é que cada um dos seus trabalhadores entrou no quarto de banho para satisfazer as suas necessidades fisiológicas, quanto tempo aí passou e a que horas é que daí saiu».
O funcionário alegou que as «regras da experiência dizem-nos que a esmagadora maioria das pessoas que utiliza os quartos de banho para satisfazer as suas necessidades fisiológicas e não para qualquer outro fim, como fumar, conversar, descansar, comer». Logo, concluiu, «terá de presumir-se que o tempo que as pessoas passam no interior de uma casa de banho diz respeito à sua vida privada. E por isso tal período de tempo não deverá ser controlável».

Sem comentários.....

sábado, outubro 07, 2006

Fosga-se Carago


Não sabia que existiam tantos heterónimos. Estava difícil mas entrei. Um abraço ao pessoal que isto agora vai dar muito que falar.

A Bem da Nação
RB

terça-feira, outubro 03, 2006

Confesso que às vezes até consigo ter alguma simpatia pelo Benfica